O egípcio Alhassan Sedky foi nomeado para o Comité De Orientação de Atletas como representante da Zona Africana.

Alhassan vive atualmente no Texas, EUA, depois de se mudar para lá para estudar na Universidade do Texas Arlington, onde completou um Bacharelato em Economia e um Mestrado Em Dupla. É um atleta ativo não só para a Seleção Nacional egípcia, mas também para a sua equipa de basquetebol em cadeira de rodas Movin’ Mavs nos EUA. Animado por ter sido escolhido para representar a Zona Africana, disse:

“É uma honra fazer parte desta mudança e um passo enorme para incorporar a voz dos atletas nas decisões da IWBF. Este desporto deu-me tantas oportunidades e estou entusiasmado por ter a oportunidade de retribuir à comunidade de basquetebol em cadeira de rodas.”

O jovem de 26 anos encontrou basquetebol em cadeira de rodas pela primeira vez em 2012, depois de um acidente de carro aos 18 anos o ter deixado paralisado. Jogava desde os 8 anos e foi apresentado ao jogo de cadeira de rodas quando estava na Alemanha para a sua reabilitação. No entanto, ao regressar ao Egito as oportunidades de jogar eram limitadas, uma área que Alhassan e a sua mãe tentaram abordar enquanto cofundavam a Fundação Alhassan para sensibilizar e ajudar indivíduos com capacidades diferentes para serem membros ativos na sociedade. Alhassan prosseguiu dizendo que uma das suas esperanças para o futuro é desenvolver o basquetebol em cadeira de rodas:

“O basquetebol em cadeira de rodas tem crescido notavelmente desde a sua criação e a minha esperança é vê-lo crescer ainda mais num desporto totalmente inclusivo, igualmente reconhecido como qualquer outro desporto e para que os seus jogadores tenham as mesmas oportunidades, recursos e direitos que os atletas capacitados.”

Alhassan faz parte do programa da Seleção Nacional egípcia desde 2013 e participou nos recentes Torneio de qualificação da IWBF Africa Zone em Joanesburgo, África do Sul, onde participou no workshop da Zona e reunião de congressos com outros atletas, funcionários e representantes do país para discutir as necessidades da Zona e como desenvolvê-la.

Alhassan entende a importância de comunicar com os seus colegas atletas e para que a modalidade tenha a voz dos atletas incluída na sua estrutura e acredita que é uma parte vital do papel que o Comité Diretivo de Atletas terá

“Vejo o comité a agir como uma ligação entre atletas e outros intervenientes, representando a visão dos atletas sobre diferentes temas e ajudando a promover o envolvimento dos atletas no processo de tomada de decisão em toda a IWBF, para que possamos eventualmente garantir que os atletas estão representados em todas as decisões que afetam a modalidade.

“Este é o primeiro Comité Diretivo de Atletas, por isso tenho a certeza que será uma experiência de aprendizagem tanto para nós como para a IWBF. Para começar, penso que é importante garantir que criamos um sistema que envolva os atletas o máximo possível e que responda a quaisquer preocupações que possam ter.”